
As exportações brasileiras de tilápia fecharam o primeiro semestre de 2025 em alta. Mesmo com queda de 15% nos embarques de filés frescos ou refrigerados no segundo trimestre frente aos três primeiros meses do ano, a categoria manteve a liderança entre os produtos exportados, com US$ 10,8 milhões negociados. No acumulado do semestre, foram US$ 23,6 milhões, um salto de 50% em relação ao mesmo período de 2024.
Outros cortes também ganharam espaço. As tilápias inteiras congeladas somaram US$ 4,1 milhões no segundo trimestre, registrando o maior crescimento em faturamento (40%) no comparativo com o início do ano. Já os filés congelados foram destaque em volume, com avanço de 49% entre os dois trimestres e expressivos 581% de aumento na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
O mercado norte-americano continua sendo o principal destino da tilápia brasileira. Entre abril e junho, o país importou mais de três mil toneladas, movimentando US$ 15,5 milhões, alta de 12% sobre o trimestre anterior. No acumulado semestral, os Estados Unidos representaram 95% de toda a tilápia exportada pelo Brasil.
Na sequência, aparecem o Canadá (US$ 438 mil) e o Japão (US$ 260 mil). O destaque ficou para o mercado japonês, que ampliou as compras em 113% no trimestre. Enquanto Estados Unidos e Canadá se concentraram nos filés frescos, o Japão absorveu principalmente subprodutos impróprios para consumo humano, como peles e escamas, categoria também demandada por China e Indonésia.
Queda nos preços médios
Apesar do bom desempenho em volume, os preços médios recuaram na maioria das categorias de tilápia. A maior queda foi observada na tilápia inteira fresca ou refrigerada, que caiu de US$ 3,24/kg no segundo trimestre de 2024 para US$ 2,70/kg em 2025, redução de 17%.
Paraná mantém liderança nas exportações
O Paraná segue como maior exportador da espécie, respondendo por 56% do total embarcado no segundo trimestre, equivalente a US$ 9,2 milhões.
São Paulo aparece na segunda posição, com US$ 4,2 milhões (26% do total), embora tenha registrado queda de 31% em relação ao primeiro trimestre.
Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Pará também se destacaram, cada um com foco em diferentes categorias: enquanto Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul concentraram as vendas em filés frescos, Santa Catarina e Pará tiveram como carro-chefe a tilápia inteira congelada.
Balança da piscicultura segue deficitária
Apesar do avanço das exportações de tilápia, a balança comercial da piscicultura brasileira fechou o segundo trimestre de 2025 com déficit de US$ 234 milhões. O resultado, porém, representa um recuo frente ao início do ano, influenciado pela queda das importações.
O salmão manteve a liderança entre os produtos importados, com US$ 199 milhões movimentados no trimestre — redução de 21% na comparação com o primeiro trimestre. Em seguida, vieram o pangasius (US$ 51 milhões) e as curimatás (US$ 260 mil). No total, as importações de pescado da piscicultura caíram 13% frente aos três primeiros meses de 2025.
Fonte: opresenterural.com.br/Foto: Jonathan Campos
Postado em 29-08-2025 à59 13:08:59