
Os valores do pescado tiveram uma nova alta no mês de outubro, agora de 0,38% conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, o IPCA também teve alta de 0,59% em outubro após três meses de deflação.
A inflação de outubro foi registrada principalmente nas espécies pescada (2,15%), pintado (2,84%), sardinha (1,74%) e cavala (1,25%). No mesmo período, as principais baixas foram vistas nas espécies peroá (-2,16%), curimatã -1,68%), dourada (-1,04%) e palombeta (-0,88%).
No mês passado, a inflação de 0,12% registrada no segmento já havia quebrado uma sequência de deflação nos últimos três meses (- 0,11%, - 0,72% e -0,63%) ante ao mesmo período do ano anterior.
Com os novos dados de outubro, a inflação do pescado no acumulado do ano está em 2,01%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador está em 2,74%.
IPCA tem alta de 0,59%
No geral, o IPCA teve alta de 0,59% em outubro, interrompendo uma sequência de três meses seguidos de deflação. O índice vem de quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro. Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,70%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.
O grupo Vestuário teve a alta mais intensa, 1,22%, mas a maior influência no índice geral veio de Alimentação e bebidas, com crescimento de 0,72% e impacto de 0,16 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Na sequência das maiores influências estão os grupos de Saúde e cuidados pessoais (1,16% e 0,15 p.p.) e Transportes (0,58% e 0,12 p.p.)
"Há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro", comenta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta no mês. Apenas Comunicação teve queda, de 0,48%.
Consumo nos Lares cresce 2,84% até setembro
Na terça-feira (9), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) também havia informado que o Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,84% de janeiro a setembro deste ano. Em setembro, o consumo nos lares foi influenciado pela queda nos preços dos alimentos e o indicador fechou o mês em alta de 0,39% ante agosto. Na comparação com o mesmo período de 2021, a alta é de 11,19%. Todos os valores também são deflacionados pelo IPCA do IBGE.
“A tendência é um consumo mais consistente nos próximos meses, puxado principalmente pelo aumento do consumo de proteínas e outros itens que voltaram a fazer parte da cesta de abastecimento dos consumidores diante da deflação registrada nos últimos três meses”, analisa o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan.
Os primeiros nove meses do ano foram marcados por antecipação de recursos, como o 13º salário de aposentados e pensionistas e a liberação para saque extraordinário do Fundo de Garantia; fortalecimento de programas sociais para manter o consumo diante da elevada inflação; e a retomada do emprego formal. A expectativa é que datas importantes do calendário do comércio incentivem ainda mais o consumo, como a primeira edição do Dia dos Supermercados, celebrado em 12 de novembro, a Copa do Mundo, a Black Friday e as festas de fim de ano.
Fonte: seafoodbrasil.com.br
Postado em 17-11-2022 à23 22:06:23