
A fraude por troca de espécies de peixes é uma prática ilícita que envolve a substituição de uma espécie por outra, geralmente de menor valor comercial. Em resumo, esse tipo de corrupção traz repercussões negativas, tanto para a cadeia produtiva, quanto para os consumidores. Sendo assim, essa prática pode ocorrer em várias etapas da cadeia de abastecimento, desde a captura até a venda final:
Na captura: pescadores podem declarar incorretamente as espécies capturadas para evitar sanções legais ou exceder quotas de pesca. No processamento: espécies mais baratas podem ser intencionalmente rotuladas como se fossem mais nobres e valorizadas. Na distribuição: distribuidores podem trocar rótulos para enganar varejistas e consumidores sobre a verdadeira origem e qualidade dos produtos.
Ou seja, essa prática abala a confiança dos consumidores e investidores no setor. Pescadores honestos, que seguem regulamentos e quotas, em síntese, são prejudicados pela concorrência desleal, o que pode resultar em queda de renda e desestímulo à adoção de práticas sustentáveis. Já os consumidores, pagam por peixes nobres e recebem produtos inferiores, acumulando prejuízos financeiros e riscos à saúde.
As fraudes mais comuns identificadas no Brasil Linguado (Paralichthys spp.) substituído por Panga de origem asiática (Pangasius spp.); Pescada-branca (Cynoscion leiarchus) por Panga de origem asiática; Pescada-branca por Pescadinha-gó (Macrodon ancylodon); Atum (Thunnus spp.) por Bonito (Katsuwonus pelamis); Bacalhau-do-Porto (Gadus morhua) por Zarbo, Ling, Saithe ou Polaca.
No entanto, a identificação das espécies pode ser feita por meio de características morfológicas (pele, fibras musculares e miômeros) ou por análise de DNA em laboratórios especializados.
Como combater a fraude?
Em resumo, podem ser adotadas medidas como: Uso de tecnologias de rastreamento, como códigos de barras, QR Codes e GPS, para garantir a autenticidade da origem em todas as etapas da cadeia; Inspeções frequentes pelas autoridades, com identificação e punição de práticas fraudulentas; Campanhas educativas voltadas aos consumidores e aos agentes da cadeia produtiva, conscientizando sobre os impactos da fraude e incentivando práticas éticas.
"Ao conferir as informações do rótulo, questione a origem: sua saúde, seu bolso e o futuro da pesca sustentável dependem disso."
Fonte: seafoodbrasil.com.br
Postado em 23-05-2025 à46 08:21:46