
Pela primeira vez, representantes de todos os elos da cadeia de proteína animal estarão reunidos no Paraná em um único espaço, com programação técnica multiproteína, feira de negócios e painéis voltados à inovação, sanidade e acesso a mercados. O palco será o Alimenta – Congresso e Feira Internacional de Proteína Animal, que acontece de 16 a 18 de junho no Campus da Indústria da FIEP, em Curitiba. A proposta é integrar setores como suinocultura, avicultura, leite, bovinos, ovos e pescados em torno de temas comuns à produção e à industrialização de alimentos de origem animal.
Para entender as expectativas do setor, O Presente Rural ouviu lideranças de entidades nacionais, indústrias e empresas fornecedoras que participarão do evento. Eles destacam que o Alimenta se apresenta como uma plataforma para intercâmbio de ideias, articulação institucional e fortalecimento da imagem das empresas e do Brasil como protagonista global na produção de proteínas.
Para Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Alimenta representa uma oportunidade de alinhar a cadeia produtiva brasileira às exigências de um mercado globalizado. “Iniciativas como o Alimenta são fundamentais para uma cadeia produtiva global, como a das proteínas animais do Brasil. São oportunidades únicas de interação entre os entes de uma das maiores cadeias de proteínas do planeta, tratando de tendências e indicando o futuro de um setor que olha além de suas fronteiras”, afirma.
Segundo Santin, os temas abordados no congresso – como genética, automação, rastreabilidade, ESG e industrialização – refletem a própria agenda do setor. “São temas que dialogam com a agenda da entidade justamente por serem um reflexo da agenda setorial. São pontos que falam de futuro, de competitividade, de desenvolvimento da cadeia agroindustrial que detém protagonismo global e que norteia e influencia diretamente tantas outras nações ao redor do mundo”.
Ele ainda destaca que o Alimenta é mais do que uma vitrine: “Além de indicar tendências, o Alimenta é um exemplo de evento que fomenta o desenvolvimento setorial e a concretização de novos negócios para os diversos elos presentes. São iniciativas consolidadas como palco da inovação setorial, para a difusão de novas tecnologias e serviços voltados para as tendências demandas pelo mercado. O Alimenta, em sua primeira edição, tende a ser como espelho do que é o próprio estado do Paraná: um evento grande, inovador, fomentador e com os olhos voltados para o futuro. Diante disso, as perspectivas são as mais promissoras”, aponta.
Sanidade como pilar da competitividade
A sanidade também foi apontada como eixo estruturante do futuro do agro brasileiro. Para Elias Zydek, presidente-executivo da Frimesa, debater biosseguridade é estratégico. “A sanidade é o maior patrimônio do agronegócio e constitui o maior valor de uma cadeia produtiva. Para as proteínas animais, é o fator essencial dessas atividades tanto para o mercado interno quanto externo. A biosseguridade é a primeira proteção de um sistema de produção, prevenindo intercorrências de sanidade”.
Zydek também considera que Curitiba, como sede, traduz a força do agro paranaense: “O Paraná já é o maior produtor de frango do país e o segundo em carne suína e leite. É um estado com autossuficiência em grãos e bem localizado geograficamente em relação ao mercado. Temos grandes empresas, formação técnica, insumos, tecnologia e infraestrutura para o desenvolvimento sustentável. São condições excelentes para atração do público específico e para oferecer muitas oportunidades”.
O presidente da Frimesa também destaca o papel das cooperativas: “As cooperativas, através de suas indústrias, vêm conquistando espaço no fornecimento de alimentos para o Brasil e o mundo. A gestão de toda cadeia produtiva, desde o produtor até o consumidor, tem trazido estabilidade, previsibilidade de oferta de alimentos com segurança. Elas vêm aumentando continuamente a participação em volume com grande influência nas políticas de segurança alimentar para o Brasil e vários países importantes”.
O presidente da Frimesa espera que o evento seja também uma vitrine do agronegócio brasileiro demonstrar sua excelência. “É mostrar e evidenciar o que produzimos e o nosso potencial. É essencial para o agronegócio brasileiro expor e anunciar o quanto sustentável é a produção de alimentos no Brasil. Nossa imagem não pode ser distorcida por interesse competitivos desleais. O Alimenta é um canal de comunicação e exposição das boas práticas exercidas na produção de proteína animal.
Foco no produtor e no mercado
Na visão de Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a relevância do evento está diretamente ligada ao que ele pode entregar para o produtor. “Para se manter eficiente e sustentável na sua atividade, não basta ao suinocultor ter produtividade. É preciso estar atento aos movimentos de toda cadeia. A biossegurança é um dos pilares mais importantes para a saúde dos rebanhos e para a manutenção e busca de novos mercados. E a industrialização como um elo importante da cadeia, determina alguns padrões de carcaça e qualidade de carne, os quais devem ser considerados pelo suinocultor na escolha da genética e do perfil nutricional. Com o mercado de exportação cada vez mais importante para escoar a produção brasileira, o produtor deve estar atento às exigências do consumidor mundial e as preocupações quanto ao uso responsável de antimicrobianos e bem-estar animal, dentre outros”, afirma.
Lopes também destaca que a união do Congresso de Avicultores e Suinocultores e do Workshop Sindiavipar em um único espaço é outro ponto positivo. “Acreditamos que a fusão seja positiva, pois essa integração vai fortalecer a representatividade da indústria de proteína animal do Paraná e do Brasil, reunindo diversos segmentos em um único evento de grande porte. Proporcionar, em um único ambiente, a reunião de todos os elos da cadeia produtiva de proteína animal, promover discussões, conexões e inovações que impulsionam o setor”.
Sobre a programação, o presidente da ABCS reforça que temas como economia e mercados devem gerar grande interesse: “Impacta todas as fases de produção. Estamos animados para ouvir os especialistas e sua contribuição para melhorar a realidade da suinocultura nacional”.
Contribuição das empresas para um setor integrado
Felipe Ceolin, gerente de Negócios Suínos da Vaccinar, acredita que o Alimenta é uma evolução natural de eventos anteriores. “O Alimenta é um evento novo e inovador, mas que traz o DNA e a experiência do Congresso de Avicultores e Suinocultores, e tem o objetivo de unir os diferentes elos da cadeia de proteína animal. Vemos como um evento importante e que deve se destacar no cenário nacional.
Ele acrescenta: “Entendemos que os novos movimentos na cadeia de fornecimento e consumo têm tornado o cenário global desafiador. O Brasil, por sua vocação para a produção vegetal e animal, tem papel importante nesse tabuleiro, e somente com uma cadeia produtiva forte e unida vamos assumir a nossa posição de destaque”. Para Ceolin, é uma oportunidade de reunir os tomadores de decisão. “Esperamos um bom evento, com a presença de um público qualificado e que represente boa parte da cadeia produtiva brasileira, onde possamos fazer networking, receber nossos clientes e apresentar nossas soluções”, menciona.
Tiago Machado, gerente comercial da Mebrafe, também enfatiza a importância da integração entre os agentes da cadeia. “Reunir todos os elos da cadeia produtiva em um único evento é fundamental porque favorece uma visão sistêmica e integrada do setor. A produção de proteína animal é altamente complexa e interdependente — do fornecimento de insumos à tecnologia de produção, passando por logística, processamento e consumo final. Ao promover esse encontro de saberes, experiências e necessidades, o evento cria um ambiente propício à colaboração estratégica, inovação conjunta e ao alinhamento de soluções práticas”.
Para ele, o evento representa um espaço de conexão e posicionamento estratégico. “A Mebrafe chega ao Alimenta com expectativas bem estruturadas: buscamos fortalecer parcerias, ampliar nossa presença no setor, apresentar soluções e captar insights para o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis e eficazes. Acreditamos que a troca de conhecimento e experiências promovida pelo evento tem um impacto direto no avanço da produção de proteína animal. Essa interação entre ciência, mercado e indústria permite acelerar processos de inovação e fomentar um ecossistema que valoriza a qualidade, a sustentabilidade e a eficiência”, destaca.
Para Paulo Ricardo Lima de Oliveira, diretor Regional de Vendas América do Sul e gerente geral da Biochem do Brasil, a decisão de participar do Alimenta está relacionada à integração do setor. “Apostamos no Alimenta porque entendemos que o evento promove o diálogo, a inovação e o fortalecimento de toda a cadeia de proteína animal. Em um setor em constante evolução como o agro brasileiro e mundial, é essencial participar de espaços que fomentem o intercâmbio de conhecimento, apresentem soluções tecnológicas e abram oportunidades de negócios”, afirma.
Ele destaca que reunir todos os elos da cadeia produtiva em um único espaço cria um ambiente favorável para o alinhamento de objetivos comuns. “Da nutrição animal à indústria, passando pelos produtores, fornecedores de insumos, tecnologia e distribuição, todos têm papéis interdependentes. O Alimenta favorece o alinhamento de objetivos, a identificação de gargalos e a criação de soluções entre os setores de proteína.” Segundo ele, a Biochem espera um ambiente de troca de experiências, geração de oportunidades e construção de soluções sustentáveis para os desafios da pecuária moderna.
Expectativas industriais e tecnológicas
Vicente Ranalle, gerente comercial da Zheng Chang Brasil, avalia que o Alimenta poderá se tornar um ponto de referência para a difusão de tecnologias. “Consideramos esse evento como de grande importância para o setor de proteína animal, pois nele todos terão a oportunidade de se atualizar com o que há de melhor em todas as etapas que formam esse setor”.
A empresa, com atuação em fábricas de ração, espera manter contato com novos parceiros e projetos. É um encontro de vários profissionais, desde diretores de empresas, gerentes, supervisores e técnicos e todos com o mesmo objetivo de adquirir novos conhecimentos e também se atualizar com novas tecnologias desenvolvidas para cada elo dessa cadeia produtiva. “Nossa expectativa é compartilhar experiências que possam contribuir para uma melhoria contínua de forma que a pecuária brasileira continue mantendo sua posição de destaque a nível mundial”, diz.
Com presença confirmada de entidades, cooperativas, agroindústrias e empresas fornecedoras de insumos, o Alimenta será um ponto de convergência. Um evento que, antes mesmo de começar, já mobiliza o setor em torno do desenvolvimento comum.
Para Paulo Ricardo Lima de Oliveira, diretor Regional de Vendas América do Sul e gerente geral da Biochem do Brasil, a decisão de participar do Alimenta está relacionada à integração do setor. “Apostamos no Alimenta porque entendemos que o evento promove o diálogo, a inovação e o fortalecimento de toda a cadeia de proteína animal. Em um setor em constante evolução como o agro brasileiro e mundial, é essencial participar de espaços que fomentem o intercâmbio de conhecimento, apresentem soluções tecnológicas e abram oportunidades de negócios”, afirma.
Ele destaca que reunir todos os elos da cadeia produtiva em um único espaço cria um ambiente favorável para o alinhamento de objetivos comuns. “Da nutrição animal à indústria, passando pelos produtores, fornecedores de insumos, tecnologia e distribuição, todos têm papéis interdependentes. O Alimenta favorece o alinhamento de objetivos, a identificação de gargalos e a criação de soluções entre os setores de proteína.” Segundo ele, a Biochem espera um ambiente de troca de experiências, geração de oportunidades e construção de soluções sustentáveis para os desafios da pecuária moderna.
Fonte: opresenterural.com.br
Postado em 23-05-2025 à34 08:16:34