
A escolha do peixe perfeito para a Páscoa pode ser feita levando em consideração alguns critérios essenciais. Em resumo, para os peixes inteiros, primeiramente observe a aparência: olhos brilhantes, brânquias vermelhas, muco transparente e pele firme são indicativos de frescor. Porém, o odor também é um forte indicativo. Afinal, o peixe fresco deve ter um cheiro suave, se for de água doce, e aroma de maresia quando marinho - nunca forte ou desagradável.
Além disso, considere o tipo de peixe que você e sua família preferem, seja bacalhau, tilápia, salmão, merluza, polaca ou pangasius - os mais comercializados atualmente - ou ainda uma espécie não convencional, como sororoca (Scomberomorus brasiliensis), olhete (Seriola lalandi), olho-de-boi (Seriola dumerili), pargo-rosa (Pagrus pagrus), xaréu (Caranx hippos), entre outras que trazem selos de certificação sustentável.
Sendo assim, os cortes, como filés, postas, pedaços, espalmados ou até mesmo sashimis, podem ser escolhidos de acordo com a preferência de preparo. A opção em filé traz praticidade, ausência de espinhas e pode ser preparada grelhada, frita, ensopada ou até mesmo em lasanhas. Já as postas, geralmente, são utilizadas ao molho, em moquecas, ou assadas no forno, com o peixe espalmado sendo ainda uma excelente opção para o churrasco na grelha. Aqui, é importante lembrar que a versatilidade do pescado oferece inúmeras possibilidades de preparo, sendo que a única regra é: não deixe de consumir!
Outro fator importante diz respeito ao tipo de pescado: salgado, congelado, resfriado ou fresco. Em resumo, a ideia é oferecer ao consumidor opções adequadas ao momento do uso. Neste contexto, o pescado congelado possui validade de até um ano e oferece maior flexibilidade para o preparo, sendo importante seguir as orientações de descongelamento presentes na embalagem para preservar a qualidade da proteína.
Já o pescado fresco ou resfriado é ideal para receitas feitas no mesmo dia da compra ou, no caso de embalagens em atmosfera modificada (ATM), com validade média de 10 a 12 dias. Quanto ao pescado salgado, ele faz parte da nossa cultura, especialmente no período da Páscoa - afinal, as trocas de água durante o processo de dessalga são um verdadeiro ritual para muitos consumidores. No entanto, o pescado dessalgado - mais prático, pois dispensa esse processo - também tem seu espaço garantido na mesa nessa época do ano.
Sendo assim, independentemente da sua escolha para consumo nesta Semana Santa, seja pescado fresco, resfriado, congelado ou salgado seco, é essencial comprá-lo em locais que sigam as boas práticas de fabricação e garantam frescor e qualidade ao seu peixe ou fruto do mar.
Bom apetite! (por Elane Cristine Correia Santos - consultora técnica comercial - e Luciana Lacerda- zootecnista)
Postado em 11-04-2025 à37 10:07:37