
O sindicato dos trabalhadores portuários dos Estados Unidos da costa leste e do Golfo do México firmaram, na quarta-feira, 08 de janeiro, acordo com os operadores dos portos para resolver uma disputa trabalhista que ameaçava provocar uma greve no setor, a segunda em três meses.
As duas partes — a Associação Internacional de Estivadores (ILA) e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) — anunciaram, em comunicado conjunto, que chegaram a um acordo preliminar para um novo contrato de seis anos, evitando uma greve marcada para começar no dia 15 de janeiro.
"Este acordo protege os empregos atuais da ILA e estabelece uma estrutura para implementar tecnologias que criarão mais empregos, enquanto modernizam os portos das costas leste e do Golfo, tornando-os mais seguros e eficientes, e criando a capacidade necessária para manter nossas cadeias de suprimento fortes", disseram as partes na declaração.
Os termos do acordo não foram divulgados.
O presidente Joe Biden elogiou o acordo, afirmando, em um comunicado na noite de ontem, que ele "mostra que trabalhadores e empregadores podem se unir para beneficiar os trabalhadores e seus empregadores".
O acordo foi alcançado após os membros da ILA encerrarem uma paralisação de três dias em outubro, ao firmarem um acordo preliminar com a USMX, que, inicialmente, suspendeu a greve até 15 de janeiro. Embora questões relacionadas ao pagamento tenham sido resolvidas, a segurança empregatícia continuava sendo um fator de disputa, com o sindicato buscando garantias de que os portos não usariam tecnologia para substituir trabalhadores.
A ILA argumentou contra o uso de mais automação nos portos, afirmando que a USMX buscava reduzir os custos trabalhistas e aumentar os lucros. Por outro lado, operadores portuários e empresas de transporte marítimo argumentaram que os Estados Unidos estão ficando atrás de portos automatizados como os de Dubai, Roterdã e Cingapura.
Fonte: valor.globo.com/Foto: Stephen B. Morton/AP
Postado em 10-01-2025 à35 12:42:35