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Segundo dados da Secretaría de Agricultura, Ganadería y Pesca da Argentina, em 2022, o Brasil se destacou como principal destino da merluza hubbsi, com 29% do total exportado em volume. Em segundo lugar, aparece a Espanha, com 14,7%. Esses números evidenciam a relevância desse comércio para as empresas brasileiras, que encontram na merluza um peixe branco essencial em seu mix de produtos.
Mas para o pleno desenvolvimento desse mercado, é fundamental equalizar a questão do controle oficial de parasitas realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Brasil. Com o fim das medidas de flexibilização das importações de merluza da Argentina, em 31 de maio deste ano, empresas argentinas voltaram a entrar em Regime de Alerta de Importação (RAI).
Diante desse cenário, a Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (ABRAPES) convidou a Associação Brasileira da Indústria de Pescados (ABIPESCA) para participar de sua assembleia, com o objetivo de unir forças e estabelecer estratégias conjuntas em prol da resolução desse tema e para proporcionar segurança jurídica a ambos os lados. Ficou acordado que a Consulta Pública (CP) do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ) de Peixe Congelado é uma excelente oportunidade para fornecer amparo técnico para a mudança da legislação, para a qual os empresários brasileiros querem a contribuição dos técnicos e empresários argentinos.
Alinhamento técnico
Visando um alinhamento com o lado argentino na resposta oficial à CP, a diretora-executiva da ABRAPES, Thamires Quinhões, participou em 27 de julho de uma reunião com a presença do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (SENASA), do Instituto de Pesquisa de Mar del Plata (INIDEP) e de Câmaras de indústrias pesqueiras e a Secretaría de Agricultura, Ganadería y Pesca que coordenou a reunião.
A videoconferência discutiu os parâmetros, com o objetivo de fundamentar as propostas em argumentos científicos. De acordo com Thamires, os técnicos do Senasa e os empresários locais demonstraram empenho em preparar um documento “robusto” com justificativa técnica para enviar oficialmente ao Mapa.
“A busca por uma solução que atenda aos interesses de ambas as nações é fundamental para garantir a segurança jurídica do comércio de merluza entre Brasil e Argentina. E a colaboração entre entidades e instituições é essencial para estabelecer estratégias sólidas e embasadas em argumentos científicos, visando o pleno desenvolvimento e crescimento desse importante mercado. O diálogo contínuo e a busca por entendimento mútuo certamente abrirão caminhos para um futuro promissor no setor pesqueiro entre os dois países”, destacou a diretora- executiva da ABRAPES.
Ela adiantou ainda que a ABRAPES está trabalhando em conjunto com o Grupo de Trabalho de Pescado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no sentido de buscar uma contribuição harmonizada com outras entidades e membros da academia. O prazo final para envio das manifestações é 17 de setembro de 2023.
Fonte: Consultoria de Comunicação da ABRAPES
Postado em 11-08-2023 à21 07:04:21