Controle de Vibrio é desafio para carcinicultura

Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) o Brasil oferece ótimas condições climáticas e ambientais para a produção de camarões, com destaque para a região Nordeste, onde estão 99% da atividade.

O controle de doenças merece atenção especial quando se leva em consideração que a maior capacidade produtiva significa mais camarões por m² e, consequentemente, maior exposição à agentes infecciosos e condições estressantes.

Um exemplo comum e grave recorrente é a presença de vibrioses no ambiente aquático. Além disso, há outros fatores que aumentam à vulnerabilidade da produção, como as condições fisiológicas e a fase do desenvolvimento, desencadeando doenças. “O aumento do risco sanitário também está associado à quantidade de cepas bacterianas presentes no ambiente”, reforça Julio M. Achupallas, gerente técnico de aquicultura da Biomin.

As espécies de Vibrio são bactérias complexas e difíceis de erradicar devido à alta capacidade de adaptação mesmo em ambientes não favoráveis. “Os micro-organismos do gênero Vibrio são responsáveis por várias doenças e taxas de mortalidade de até 100%. Na última década, esse problema sanitário custou US$ 45 bilhões em prejuízo. Quando uma bactéria infecta o camarão, ela expõe o sistema imune e abre caminho para as doenças oportunistas”, alerta Achupallas.

Os produtores devem ficar atentos a sinais clínicos característicos como letargia, redução de apetite, coloração vermelha no corpo e antenas, necrose e inflamação dos órgãos e descoloração do hepactopâncreas. Nos tanques, os vibrios vivem no intestino dos animais e na água. “Portanto, o manejo da água e a preservação da saúde intestinal são fatores-chave na prevenção”.

“A aquicultura brasileira tem grande potencial hídrico para garantir o abastecimento interno e ainda atender ao mercado internacional. O uso de aditivos naturais é mais uma estratégia que agrega valor à carcinicultura responsável e com padrões de sustentabilidade. O resultado é melhor taxa de crescimento, sobrevivência, conversão alimentar eficiente, melhores condições ambientais e resistência a doenças”, completa Achupallas.

Fonte: aquaculturebrasil.com


Postado em 15-12-2022 à13 16:34:13

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